Músicas
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Recuerdos del Amontillado
Recuerdos del Amontillado
Recuerdos del Amontillado
Recuerdos del Amontillado
Algo de tudo em matéria de quase
Em grosso impasto acrílico de branco sujo, as paredes ásperas dum quarto pobre. Não se veem quaisquer janelas. O ângulo é como se houvessem destelhado o cômodo, como se estivéssemos sentados numa topo de parede, mais precisamente numa quina, pois logo abaixo de nós – levanta um pouco a cabeça, isso, assim... – vemos uma lâmpada elétrica pendente do teto, cuja luminária é dum marrom cúpreo à óleo abundantemente envernizado. A luz que projeta é noumenalmente branca. Pensa-se estar em 1912 não se sabe bem o porquê, nem 1913 nem 1911, e você se intriga se um quarto pobre em 1912 teria luz elétrica. Quase diante do nosso nariz, na parte mais inferior da tela, em formato de retrato, vemos o movimento borrado dum vulto negro. O vulto não projeta sombra discernível no quadro. À direita, ao lado duma enxerga, um homem de pijama de branco encardido listrado de vermelho aperta a jugular com expressão mais de desmaio que de espanto ou de horror. Pela posição, ele acabou de acender o interruptor e começa a se agachar para pegar dum pau, mas não sabemos se sequer conseguirá isso. Entre o homem e o catre, sobre cujo travesseiro se veem manchas de sangue fresco que podem ser manchas de sangue mesmo, há um criado-mudo de madeira, uma moringa e um copo, ambos de barro. Colado ao canto direito da parede pode-se ver ou não um armário baixo. O assoalho, o estrado, o criado-mudo, o armário (se aparecer) são todos figurados em madeira mesmo, não em tinta, madeira ríspida, talvez não lixada. Moldura de ripas pretas, não largas, sem ornamento algum.
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O Morcego